“Há acordo no que há acordo e não há acordo no que não há acordo”. Esta frase foi proferida pelo António Costa numa entrevista concedida, na semana passada, à SIC. Verdade de La Palisse.
Depois de ler o que a comunicação social tem escrito sobre as propostas que estão incluídas no programa do PS, que foi moldado de acordo com as ideias dos 4 partidos (PS, BE, PCP e Verdes), é relativamente fácil identificar quais são os pontos de concórdia e de discórdia. E será através dos pontos de discórdia que o pacto partirá, até porque existe um partido (PS) que irá governar e que terá de procurar consensos constantes com outros dois partidos (excluí os Verdes desta análise) que não falam entre si.
Existe acordo em tudo o que seja aumentar a despesa e diminuir a receita. No entanto, sabemos que este tipo de estratégia cria desequilíbrios orçamentais difíceis de financiar. Quando for necessário criar medidas que promovam ainda mais a diminuição significativa da despesa e o aumento da receita, os partidos políticos que agora veneram o acordo irão descomprometer-se rapidamente e os consensos darão lugar discórdia e acusações.